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15 de abr. de 2010

Polêmica,Homosexualismo,Pedofilia e a Igreja


Três perguntas, a propósito das declarações do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, que ontem estabeleceu uma relação que veio incendiar, ainda mais, a polémica em torno da Igreja Católica - o número dois do Vaticano garantiu que existe uma relação entre pedofilia e homossexualidade para rejeitar uma ligação entre os casos de abusos sexuais no seio da Igreja e o celibato dos padres. 

"Muitos sociólogos, muitos psiquiatras demonstraram que não há uma relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-mo recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia", disse Bertone aos jornalistas, durante uma visita ao Chile. E acrescentou: "Isto é verdade, este é o problema." 

Além disso, o cardeal garantiu que a Igreja nunca mandou esconder os casos de pedofilia ou tentou suspender quaisquer investigações. E assegurou que Bento XVI já terá reunido com algumas vítimas "em várias ocasiões", pedindo perdão pelos casos de abuso. O Papa, de resto, continua disposto a fazê-lo. Contactada pelo 
i, a sala de imprensa da Santa Sé não quis fazer quaisquer comentários às declarações do cardeal Tarcisio Bertone.

Perguntas:
01 Como deve lidar a Igreja com os casos de homossexualidade e pedofilia?
02 O celibato entre os padres pode ser uma das razões por trás dos casos de pedofilia na Igreja?
03 Qual deve ser hoje o papel da Igreja na sociedade?
  
Padre José Maia
01 Quando pessoas com uma vinculação religiosa e consagração à Igreja cometem pedofilia é o mesmo que para toda a gente em todo o mundo, é crime. Se há indícios, provas, não há razão para serem tratadas de forma diferente. Já a homossexualidade não é impeditiva de uma pessoa ser católica. A moral da igreja vai acompanhando a dos povos. Há questões hoje que não é a Igreja a pô-las, são transversais à sociedade e apanham a vida política, o Exército. Não era costume haver casamentos homossexuais, mas a Igreja defende a maturação dos costumes, o que demora tempo.
 
02 Não penso que o celibato seja uma razão para a pedofilia. Quando muito, a convivência entre padres admito que possa ser susceptível à homossexualidade.
03 A Igreja vai continuar a ser o que foi sempre. Estes erros devem levar a igreja a purificar-se. Era bom que em todo o lado houvesse a humildade do Papa perante os erros. Não se fortalece a sociedade enfraquecendo as instituições.

Joaquim Carreira das Neves (teólogo)
01 A Igreja não tem lidado bem com a sexualidade, sobretudo por causa da visão do pecado original de Santo Agostinho, que é apenas uma interpretação. O catecismo diz que a homossexualidade é um desvio, quando a medicina encontra já explicações genéticas. A pedofilia é outro assunto. O direito canónico tem punições severas, mas há 40/50 anos a pedofilia não era crime. A Igreja não tratou bem do assunto, até pela Bíblia: São Paulo dizia que os católicos não devem lavar a roupa suja nos tribunais públicos.
02  O celibato é uma vocação para um amor maior a Deus, acima do amor entre um homem e uma mulher. Conheci padres homossexuais, nunca pedófilos. O celibato foi instituído no século XI e nunca mais foi mudado. Deviam admitir os celibatários e os que não o quisessem ser, como a Igreja Ortodoxa.
03  O papel da Igreja é servir, olhar pelos mais marginalizados. Conheço centenas de paróquias onde o centro é a missa mas de onde irradiam actividades, cultura, paz, misericórdias.

Um comentário:

  1. A homossexualidade é um desvio moral (pecado contra a natureza) e o celibato deve ser mantido no rito latino. Creio que não há relação entre celibato e homossexualidade. Satanás tem como preferência tentar aqueles que estão revestidos de Cristo como sacerdotes, especialmente atacá-los para fazê-los perder a castidade. Ele, como ladrão e homicida astuto, ataca os que estão em posição de maior proximidade com Cristo e a virtude que é garantia da visão beatífica: pureza.
    É realmente muito triste ver pedófilos que se tornam padres(não há padres pedófilos e sim pedófilos padres, é bem diferente). É um dos sinais que a Parusia está perto. Devemos não julgar e sim orar, muito, pela santificação e pela pureza dos sacerdotes. Que São Gregório e São Nicolau intercedam pelo Santo Padre e por todo o clero. Oh Maria Puríssima, rogai pelos sacerdotes!

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